Moradores de vila de Capão da Canoa denunciam abandono do Poder Público

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Ruas da invasão Vale Verde são aterradas com entulho. Foto: Colaboração Litoral na Rede
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Quando chove a situação se agrava na invasão. Foto: Colaboração Litoral na Rede
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Carro e pedestres tem dificuldade de passar pelos alagamentos. Foto: Colaboração Litoral na Rede
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Moradores temem proliferação de ratos e insetos. Foto: Colaboração Litoral na Rede

Há mais de dez anos, famílias moram em uma área invadida no bairro Araçá, em Capão da Canoa, a conhecida Invasão Vale Verde. Atualmente há centenas de casas na vila, mas praticamente nada de infraestrutura. Os problemas foram relatados ao Litoral na Rede pelo internauta Sandro Mauricio Hollweg, metalúrgico que, há dois anos, vive no local com a família.

O calçamento termina no acesso à invasão e as chuvas da semana passada deixaram a situação ainda mais complicada.  As ruas sem calçamento ficam alagadas e tomadas pelo barro. Segundo Sandro, há acúmulo de lixo, proliferação de mosquitos e ratos. “É difícil até para as crianças irem para escola”, lamentou.

Os moradores também não contam com serviços básicos como rede de esgoto, água encanada e rede de energia elétrica. As ligações de luz são clandestinas, o que causa constantes acidentes. Na  quinta-feira da semana passada, dia 09 de agosto, por exemplo, uma casa pegou fogo. De acordo com Sandro, nos últimos três anos, pelo menos duas pessoas morreram eletrocutadas nas redes ilegais de energia.

O que diz a Prefeitura de Capão da Canoa

A Prefeitura de Capão da Canoa afirmou que o poder público está impedido de realizar qualquer ação na Invasão Vale Verde por se tratar de uma área privada e irregular. Segundo o secretário municipal de Obras e Saneamento, Eduardo Sarmento,  o município já iniciou negociação com os proprietários dos terrenos ocupados tendo em vista que a invasão já é considerada consolidada.

“Ela é uma área particular, a Prefeitura de Capão é impedida de mover qualquer ação em cima desta área particular sem projeto de lei especifico que é a área de interesse social”, explicou Eduardo Sarmento.  O secretário não deu prazo para o processo de regularização.

Segundo ele, além da negociação com os donos dos terrenos, também é preciso aprovar um projeto de lei na Câmara de Vereadores. “A prefeitura está se reunindo com os proprietários das áreas e vai tratar aquilo como uma área de interesse social. Estamos em tratativas de negociação. Assim que nós obtivermos resposta e houver aprovação na Câmara de Vereadores, aí sim a Prefeitura poderá entrar na área e fazer o trabalho de urbanização”,  projetou o secretário.

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