Rota do Sol será bloqueada para monitoramento de animais silvestres

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A ação busca fornecer um relatório com as espécies atropeladas no trecho da ERS-486, em Itati – Foto: Divulgação/Biolaw

O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), via Coordenadoria Técnica de Meio Ambiente (CTMA) da autarquia, contratou um serviço de monitoramento da fauna nativa da Rota do Sol – rodovia que liga a Serra ao Litoral Norte. Para proteger os animais silvestres que vivem no entorno da ERS-486, teve início um estudo dos índices de atropelamento das espécies no local. O trabalho exige o bloqueio do trânsito nos dois sentidos, no trecho que passa pelo município de Itati. A interrupção ocorre a partir desta quarta-feira (13) até terça-feira (19), em dois horários: às 6h30 e 17h30, com duração aproximada de 20 minutos cada.

“A estrada atravessa uma área de preservação ambiental chamada Reserva Biológica Mata Paludosa, uma unidade de conservação estadual. Nela, vivem espécies típicas, como o graxaim-do-mato, o gato-do-mato pequeno, o mão-pelada e diversas espécies de anfíbios” conta o biólogo da CTMA Luiz Carlos Leite. Segundo ele, esses animais acabam cruzando a pista e sofrendo acidentes fatais. Apenas no Brasil, 475 milhões deles morrem anualmente vítimas de atropelamento, de acordo com dados do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE) da Universidade Federal de Lavras.

Gamba-de-orelha-branca é uma das espécies que habita a Mata Paludosa – Foto: Divulgação/Daer

O trabalho coordenado pelo Daer é executado pela empresa Biolaw, contratada via licitação, e conta com investimento de R$ 336 mil provenientes da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). A atividade começou em outubro e tem duração de seis meses, com novos bloqueios previstos na Rota do Sol. O resultado será um relatório contendo as espécies atropeladas no trecho da ERS-486, em Itati.

“O estudo permite a execução de medidas para eliminar ou atenuar os danos provocados pelos atropelamentos. Elas podem ser desde a implantação de uma sinalização específica e de controles de velocidade até a criação de travessias aéreas ou subterrâneas para os animais”, conclui Leite.

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