Amlinorte denuncia falta de medicamentos para UTIs ao MPF

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Presidente da Amlinorte apresentou denúncia ao Procurador da República.

O presidente da Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte) e prefeito de Imbé, Pierre Emerim, apresentou nesta quinta-feira (16) ao Ministério Público Federal (MPF) denúncia sobre a falta de medicamentos para pacientes em unidades de terapia intensiva em hospitais da região. A situação foi levada ao procurador da República, em Capão da Canoa, André Casagrande Raupp.

Segundo Pierre, a denúncia é referente ao “descaso do Estado e da União em não intervir objetivamente na resolução do problema”. Ele destacou que o não há falta de dinheiro, mas de medicamentos à venda.

Nos últimos 10 dias, o Hospital São Vicente de Paulo, em Osório, fechou seis dos 10 leitos de UTI para pacientes com Covid-19 devido à falta dos remédios, necessários, especialmente para pacientes que necessitam intubação. Os quatro leitos que seguem operando estão ocupados.

Na terça-feira (14), o Litoral na Rede noticiou que a Fundação Hospital Getúlio Vargas, gestora do Hospital de Tramandaí, anunciou o boqueio dos leitos de UTI para novas internações devido ao baixo estoque de medicamentos. As 16 vagas estão ocupadas, mas se forem liberadas, não devem receber novos pacientes, se os estoques não foram repostos.

Com o problema, o número de vagas em UTI no Litoral Norte diminuiu de 47 para 41. “Isso faz com que as pessoas do Litoral estejam em risco eminente de desassistência de urgência ou sendo hospitalizadas em regiões distantes daqui. Absurdo total, o que já era pouco, ficou pior”, afirmou o presidente da Amlinorte.

Pierre Emerim informou ainda que denunciou ao MPF “a flagrante ação dos laboratórios, que diminuíram seus estoques de forma proposital a fim de gerar pânico e inflar o preço dos medicamentos essenciais as UTI’S para obter grandes lucros”.

Ele avalia que se trata de um “ato totalmente criminoso e covarde de tais empresas que dominam o mercado para tirar proveito desse momento de fragilidade da sociedade, o que pode causar perda de vidas”.

O MPF de Capão da Canoa informou ao Litoral na Rede que as informações foram repassadas para análise de um grupo de procuradores da República que atua em Porto Alegre e está tratando das demandas referentes a pandemia de Covid-19.

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