Litoral Norte avalia a possibilidade de questionar bandeira vermelha

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Barreiras sanitárias foram realizadas nos acessos ao Litoral Norte no feriado de Corpus Cristhi.  Foto: Alanna Hanna / Prefeitura de Tramandaí / Arquivo

A transmissão ao vivo do governador Eduardo Leite, que anunciou a bandeira vermelha para o Litoral Norte do Rio Grande do Sul, no início da noite deste sábado (20), ainda não havia acabado e prefeitos da região já se articulavam para tentar reverter a classificação e evitar o fechamento de todas as atividades não essenciais na região.

A Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlintorte) avalia a possibilidade de recorrer ao governo do Estado para voltar à bandeira laranja.  O prefeito de Imbé e presidente da entidade, Pierre Emerim, informou que os indicadores que levaram à bandeira vermelha serão analisados.

“Antes de recorrer nós vamos fazer um trabalho para ver se conferem os dados. Nós não podemos recorrer por recorrer, até porque nós temos que ter o cuidado com a vida”, disse Pierre ao Litoral na Rede.

O prefeito de Tramandaí, Luiz Carlos Gauto, disse que recebeu com tristeza a classificação com a bandeira vermelha. Ele afirmou que, além da vida, é preciso se preocupar com a economia e os empregos.

“(A banderia vermelha) vai refletir muito mesmo na nossa comunidade. Precisamos melhorar os indicadores, mas precisamos aumentar o número de leitos e de UTIs para que a gente tenha um suporte maior com relação ao atendimento das pessoas. Tem que ter a sensibilidade do governo federal, do governo do Estado de olhar o Rio Grande do Sul de forma diferenciada em razão do clima e das doenças respiratórias que acabam aumentando nesta época”, destacou Gauto.

De acordo com ele, a Prefeitura de Tramandaí fará a análise da classificação junto com a Amlinorte para avaliar a possibilidade de apresentar recurso o governo.

Esta é a mesma postura do prefeito de Capão da Canoa. Amauri Magnus Germano disse, ao Litoral na Rede, que além de integrar a defesa em conjunto com os demais municípios, apresentará dados de Capão da Canoa. Ele avalia que o aumento no número de casos na cidade está relacionado a ampliação dos testes e afirma que a Prefeitura adotou medidas para ampliar a capacidade de atendimento.

Um dos argumentos será a inauguração recente de uma unidade de isolamento para pacientes com sintomas de Covid-19 no município. “Nossa defesa (será com base) em todos os parâmetros que a gente tem, na questão hospitalar, na questão do número de casos positivos, que nós tivemos pelo alto número de testes que nós fizemos”, afirmou.

Amauri informou que pretende discutir até este domingo (21) com as entidades empresariais de Capão da Canoa e com os demais prefeitos uma proposta alternativa de restrição das atividades. A ideia seria manter as empresas funcionando apenas em dias úteis. “Uma proposta que eu vou levar para o grupo, se eles aceitarem, é fechar todos os sábados e domingos”, disse.

O prefeito de Osório, Eduardo Abrahão, disse que recebeu a notícia da bandeira vermelha com tristeza e avalia que o objetivo não é fazer restrições. Ele também está em contato com outros prefeitos da região para definir uma possível contestação. “Se não tiver a possibilidade de ter o recurso, é evidente que a gente tem que cumprir o decreto, não tem outra saída”, afirmou.

O prefeito disse que a saúde tem que ser prioridade para todos, mas que é preciso um equilíbrio com a economia. “Se as pessoas fecharem, vai causar um outro problema. Agora que o comércio, os serviços, a indústria estão tentando se reerguer, fechar de novo é um retrocesso”, avaliou Abrahão.

O prefeito de Santo Antônio da Patrulha, Daiçon Maciel, disse ter ficado triste a preocupado com a bandeira vermelha. “O municipio está analisando as razões que levaram a região a entrar na bandeira vermelha. Se a Amlinorte, representando todos os municípios, tiver uma análise consistente, claro que SAP se juntaria ao recurso”, afirmou.

O prefeito de Torres, Carlos Souza, afirmou que aguardará o posicionamento da Amlinorte em relação a um recurso para rever a classificação da risco da região. “Nos causa uma série de preocupações, até porque os comerciantes sempre questionam este tipo de decisão de fechamento do comércio”, disse ao Litoral na Rede.

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