Morte da Noiva da Lagoa dos Barros ganha novo capítulo quase 80 anos depois

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Um mapa desenhado mostra a rodovia que ligava Porto Alegre a Tramandaí e o local onde o corpo da jovem foi encontrado. Foto: Reprodução / Palácio Piratini

Localizada entre Osório e Santo Antônio da Patrulha, a Lagoa dos Barros tem se tornado, ao longo dos anos, palco para muitas lendas. Uma delas sustenta que o espírito de uma noiva morta em 1940 ainda pode ser visto circulando pelo local.

Setenta e nove anos após o caso ter sido registrado, surge um novo capítulo. O Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul revelou nesta segunda-feira (30), durante a cerimônia de celebração dos 22 anos do órgão, laudos inéditos sobre o ocorrido que estavam em uma sacola plástica em ótimo estado de conservação.

Fotografias, ilustrações e outros documentos que serviram para embasar as investigações na época foram divulgados. E a conclusão segue a mesma: ainda não se sabe o que, de fato, aconteceu com o jovem casal.

Foto: Reprodução / Palácio Piratini

A morte da adolescente

Na madrugada de 18 de agosto de 1940, a adolescente Maria Luiza Häussler, de 16 anos de idade, saiu do baile na Sociedade Germânia, em Porto Alegre, acompanhada do namorado, Heinz Werner Schmeling, de 19 anos. Horas depois, o jovem foi encontrado em um bar, no bairro Belém Velho, ferido por um tiro.

O corpo de Maria Luíza só foi localizado dois dias depois, já sem vida, imerso na Lagoa dos Barros com o pescoço envolto em um arame que estava preso a um tijolo.

Foto: Reprodução / Palácio Piratini

Schmeling foi condenado, em 1942, pelo assassinato. O jovem assumiu que levou o corpo da namorada até a lagoa, mas negou ter cometido assassinato. Além disso, sustentou uma versão em que Maria Luíza teria tentado matá-lo e, depois, cometera suicídio.

Com base nos documentos revelados agora em 2019, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) reforçou a tese defendida na época: que não é possível descartar a hipótese de que a adolescente tenha, mesmo, cometido suicídio.

“É um trabalho que nem sempre aparece na mídia, não estamos tanto nas ruas, mas estamos nos nossos laboratórios trabalhando com muita responsabilidade e dedicação. Todos os peritos são muito apaixonados pelo que fazem. Ter este momento em que podemos mostrar nosso trabalho ao público é fantástico”, afirmou a diretora do IGP, Heloísa Helena Kuser.

CASO DA NOIVA 6
O caso teve grande repercussão na sociedade porto-alegrense na década de 1940. Foto: Reprodução / Palácio Piratini
CASO DA NOIVA 5
O carro da marca Ford tinha vestígios de barro e manchas de sangue no tapete. Foto: Reprodução / Palácio Piratini
CASO DA NOIVA 1
Bala encontrada no corpo do namorado da vítima. Foto: Reprodução / Palácio Piratini
CASO DA NOIVA 4
Foto: Reprodução / Palácio Piratini
CASO DA NOIVA 3
Foto: Reprodução / Palácio Piratini
CASO DA NOIVA 2
Um mapa desenhado mostra a rodovia que ligava Porto Alegre a Tramandaí e o local onde o corpo da jovem foi encontrado. Foto: Reprodução / Palácio Piratini

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