Municípios do Litoral Norte não devem contestar a bandeira vermelha

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Ponte Giuseppe Garibaldi, entre Imbé e Tramandaí. Foto: Litoral na Rede / Arquivo

A Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte) não deve apresentar contestação à nova classificação da região com a bandeira vermelha. A informação foi confirmada ao Litoral na Rede pelo presidente da entidade, o prefeito de Imbé, Pierre Emerim.

Segundo ele, os prefeitos estão acompanhando os números e o avanço do coronavírus. “O que nós temos que fazer é a lição de casa, que é mais restrições, lutar por mais leitos, conscientizar as pessoas, diminuir a transmissibilidade do vírus”, disse Pierre.

Pela regra do distanciamento controlado, após a segunda bandeira vermelha, as restrições são mantidos por mais duas semanas. A expectativa do presidente da Amlinorte é de que em até 20 dias seja possível ter a situação sob controle. “Acredito que num prazo de duas semanas, no máximo três, nós, se cumprirmos todas regras sanitárias, iremos melhorar nossas condições”, projetou .

A Associação tem uma reunião na próxima terça-feira (30) com o governador da Eduardo Leite. Os prefeitos querem que o governo do Estado considere o aumento populacional do Litoral Norte devido à pandemia. A estimativa é que de que o número de pessoas no Litoral Norte seja 25% maior do que a população contabilizada pelo IBGE, de 400 mil habitantes.

“Nós queremos fazer com que o Estado nos aceite como uma região com, no mínimo, 600 mil pessoas. Isso influencia também na hora da bandeira, na hora do investimento”, afirmou o prefeito de Imbé.

Outra demanda da região é que o governo gaúcho amplie o número de leitos de UTI nos hospitais do Litoral Norte. Atualmente, são 46 e apenas 22 para pacientes com a Covid-19.

Na noite desta sexta-feira, por exemplo, 84,8% dos leitos de terapia intensiva nos hospitais de Tramandaí, Osório, Capão da Canoa e Torres estavam ocupados. Conforme o mapa de leitos da Secretaria Estadual da Saúde, havia nas UTIs, 13 pacientes diagnosticados coronavírus, quatro suspeitos e 22 com outras doenças.

A UTI do Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, tinha todos os 10 leitos ocupados. No Hospital de Tramandaí, apenas um dos 16 leitos de terapia intensiva estava liberado. Já no Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, e no São Vicente de Paulo, em Osório, a taxa de ocupação era de 70%.

As reivindicações que serão apresentadas diretamente ao governador já foram levadas ao governo quando a Amlinorte contestou a primeira classificação da bandeira vermelha.

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