
Desde o fim de semana, o ninho de uma tartaruga-de-couro, na beira da praia de Arroio do Sal, está mais protegido. A Prefeitura do município instalou uma cerca junto às dunas onde o animal desovou no início da semana passada. Uma placa educativa sobre as tartarugas marinhas também foi instalada no local.
O ninho está sendo monitorado por pesquisadores de Centro de Estudos Costeiro, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com apoio dos guarda-vidas, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e de voluntários. Os cientistas estão confeccionando novas placas, que serão instaladas na cerca, com informações sobre o monitoramento do ninho.
“O objetivo agora é proteger de predadores naturais e da interferência do ser humano. Quando chegar na época da eclosão, nós vamos monitorar e, se necessário, mudar o tipo de tela para possibilitar a passagem deles (filhotes) caso eclodam sem a nossa presença”, explicou o biólogo e pesquisador do Ceclimar, Maurício Tavares.
O cientista ainda informou que há possibilidade de a tartaruga marinha retornar para novas desovas na região e que isso também está sendo monitorado.
“A gente está na perspectiva de que esse animal faça uma próxima desova aqui no nosso litoral. A gente descobriu que no litoral do Paraná, no mesmo dia que esse indivíduo desovou aqui, teve um outro indivíduo, da mesma espécie, que desovou lá no Paraná, e foi uma segunda desova, também no dia 12. A primeira foi no dia 31 de dezembro”, destacou Maurício Tavares.

A tartaruga-de-couro, também conhecida como tartaruga-gigante, tem nome científico de Dermochelys coriacea. Ela chega a pesar 400 quilos e medir até 1,80 metro. Esta espécie é a terceira com maior ocorrência na costa gaúcha.
