A baleia-jubarte que está encalhada e “viva” há mais de 24 horas, na beira do mar do Distrito de Bacupari, em Mostardas, poderá sofrer eutanásia. É o que informou a equipe do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar/Ufrgs) que avalia juntamente com outros órgãos ambientais, essa possibilidade de proporcionar ao animal uma morte indolor para aliviar o seu sofrimento.
Uma equipe de especialistas do Ceclimar, situado em Imbé, viajou durante a madrugada desta quinta-feira (28) até Mostardas, para realizar uma avaliação minuciosa no animal para tentar salvar a baleia. No fim da tarde, o grupo formado por um veterinário e biólogos retornou ao local.
O biólogo e pesquisador Ignácio Moreno explicou que a baleia, provavelmente, não resistiria a uma operação para ser retirada da areia e devolvida ao Oceano. Ela tem aproximadamente 12 metros de comprimento e 25 toneladas e está muito debilitada, com condição corporal ruim e sem marcas de interação com a pesca, informou o Ceclimar. Os pesquisadores coletaram amostras para estudos e devido a essa condição do animal, existe a possibilidade da eutanásia.
Os cientistas informaram que a presença das baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) na costa do Rio Grande do Sul vem se tornando mais frequente, uma vez que a população está crescendo nas últimas décadas. Nos últimos cinco anos, seis baleias da mesma espécie encalharam na orla do Litoral Norte, sendo que cinco já chegaram mortas na praia.
A baleia está encalhada a aproximadamente um quilômetro do ponto onde estão os restos do barco Monte Athos, que naufragou na década de 1960.
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