Bombeiros ampliam área de buscas ao corpo do menino Miguel

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Buscas são realizadas na região perto de onde Miguel morava com a mãe e sua companheira. Foto: CBMRS
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Bombeiros trabalham às margens da Lagoa Tramandaí, em Imbé. Foto: CBMRS

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMR) concluiu o sexto dia de buscas ao corpo de menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, sem ter pistas da criança. Nesta terça-feira (03), as equipes também realizaram buscas às margens da Lagoa Tramandaí, próximo à Avenida Tramandaí, em Imbé, nas imediações de onde o menino morava com a mãe e a sua companheira, que estão presas preventivamente pela morte do garoto.

“Os locais próximos a casa, a gente também está desbravando por terra porque com as embarcações não conseguimos ir. É um local de bastante difícil acesso, com mato fechado, lodo, então é complicado”, disse o comandante do Pelotão de Bombeiro Militar de Tramandaí e coordenador da operação de buscas, tenente Elísio Lucrécio.

O tenente informou ainda que seguem sendo realizadas buscas na orla entre Tramandaí e Torres, com apoio das equipes de Capão da Canoa e Torres. O drone da corporação também está sendo empregado no trabalho. Os militares também estão recebendo chamados que possam ajudar na localização do corpo da criança pelo telefone 193.

“As equipes estão por terra e também estamos recebendo informações por telefone. Devido ao nível do rio da lagoa estar baixando, a visibilidade melhora e as pessoas começam a perceber algo que seja parecido com o pequeno Miguel”, detalhou o comandante.

As buscas serão retomadas na manhã desta quarta-feira (04).

Presas transferidas

O titular da Delegacia de Imbé, delegado Antônio Carlos Ractz Jr., confirmou nesta terça-feira que as duas mulheres investigadas pela morte do menino foram transferidas do Presídio Feminino de Torres para a Região Metropolitana de Porto Alegre. Ainda no fim da noite de segunda-feira, a mãe Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, e a sua companheira Bruna Nathiele da Rosa, de 23 anos, foram levadas para a Penintenciária Feminina de Guaíba.

A Polícia Civil solicitou ainda que o Departamento de Criminalística do Instituto Geral de Perícias (IGP) utilizam a substância luminol para verificar possível presença de sangue nos dois imóveis onde as duas mulheres e o menino moraram na cidade de Imbé.

Também foi confirmado que a Defensoria Pública do Estado havia aberto no dia 28 de julho um processo de transferência da guarda do menino para a avó.  Na noite do dia 29, no entanto, a mãe confessou à Polícia ter dopado o garoto e jogado o corpo no Rio Tramandaí.

Yasmin foi presa em flagrante e no sábado (31) teve a prisão convertida em preventiva, a pedido do delegado de Imbé. No domingo (1º), a companheira Bruna também foi presa temporariamente, a partir de representação da autoridade policial ao Poder Judiciário.

Um vídeo mostra Bruna ameaçando Miguel enquanto o menino está trancando dentro de um armário. Segundo o delegado, a criança sofria torturas diárias antes de ser morta.

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